A Marilena Chauí é uma mal compreendida, coitada.
Ela claramente usa seu discurso para insuflar ânimos e, por que não, inflamar seu público, assim como faz um líder militar numa frente de batalha apontando a crueldade do inimigo e porque esse precisa ser aniquilado. Ela, afinal, não está ali recitando um livro de sociologia mas fazendo um discurso político.
Ou, considere como uma apresentação de retórica circense mas bem menos inofensiva. Seu discurso muni seus correligionários com argumentos para abater seus opositores com simplificações, generalizações e distorções que tornam o alvo caricato, ridículo. Infelizmente, um discurso tão pobre e simplista apenas atrapalha uma discussão verdadeira. Mas, quem se importa? Os infelizes correligionários que seguem seu argumento acabam comprando uma série de falácias a despeito de quem é contra suas ideias.
O alvo, o reacionário de direita, é pintando como um cínico, insensível socialmente, (tosco), não politizado, estúpido (pela forma com que trata as pessoas mais pobres, pela forma com que trata o estado, por não enxergar a contradição de não ser a elite e mesmo assim defender os valores da elite, sendo ele mesmo alguém preso a estratificação social). Ainda mais lastimavelmente, ela chama o alvo de "classe média" por ser uma classe de pessoas numa posição intermediária nessa estratificação social, "algo" entre o proletário e o capitalista detentor dos meios de produção. Ela caricatura: pessoas que trabalham com serviços.
Se não fizermos uma leitura muito (mas MUITO) esdrúxula de "classe média", a descrição social, econômica e, porque não, intelectual do alvo é basicamente uma auto-descrição. Marilena Chauí, descreve o grupo a qual ela pertence e por qual ela tem asco. Talvez ela se sentisse melhor abrindo mão do seus salário de professora universitária, mas como ela disse, essa classe não consegue enxergar a contradição em que vive.
Alguns defensores da socióloga podem considerar que classe média foi usado de modo quase que acidental, uma mera apropriação de um termo para chamar a atenção contra seu alvo. Aqueles que são da classe média e não são parte do alvo são as exceções e já estão "salvos". Isso tudo é falso! Classe média é usada como recurso linguístico para diminuir o conjunto de quem não concorda com suas ideias. Ao atribuir o pensamento a classe média, Chauí está se apropriando do que seria a voz coletiva dos menos abastadas como se ela fosse um paladino da verdade, uma legítima representante das massas e o inimigo, as classes mais abastadas fossem o inimigo a impedir sua cruzada. O inimigo mais próximo, seus pares sociais, são jogados logo a frente do trator de justiça movido pelo rancor social. Dessa forma, ela cobre o fato de pessoas mais humildes também poderem discordar de sua verborragia e mais, poderem eles mesmo serem atores reacionários de direita.
Eu realmente acredito que ela saiba disso, e ela utiliza essa linguagem, esse discurso de propósito, de forma desleal e maliciosa. Fora isso, é de uma arrogância sem tamanho acreditar que seu discurso é tão perfeito que o que resta é tosco, vil, asqueroso. É provável que Marilena Chauí tenha um espelho em casa, as pessoas que ainda não sabem.
Ela claramente usa seu discurso para insuflar ânimos e, por que não, inflamar seu público, assim como faz um líder militar numa frente de batalha apontando a crueldade do inimigo e porque esse precisa ser aniquilado. Ela, afinal, não está ali recitando um livro de sociologia mas fazendo um discurso político.
Ou, considere como uma apresentação de retórica circense mas bem menos inofensiva. Seu discurso muni seus correligionários com argumentos para abater seus opositores com simplificações, generalizações e distorções que tornam o alvo caricato, ridículo. Infelizmente, um discurso tão pobre e simplista apenas atrapalha uma discussão verdadeira. Mas, quem se importa? Os infelizes correligionários que seguem seu argumento acabam comprando uma série de falácias a despeito de quem é contra suas ideias.
O alvo, o reacionário de direita, é pintando como um cínico, insensível socialmente, (tosco), não politizado, estúpido (pela forma com que trata as pessoas mais pobres, pela forma com que trata o estado, por não enxergar a contradição de não ser a elite e mesmo assim defender os valores da elite, sendo ele mesmo alguém preso a estratificação social). Ainda mais lastimavelmente, ela chama o alvo de "classe média" por ser uma classe de pessoas numa posição intermediária nessa estratificação social, "algo" entre o proletário e o capitalista detentor dos meios de produção. Ela caricatura: pessoas que trabalham com serviços.
Se não fizermos uma leitura muito (mas MUITO) esdrúxula de "classe média", a descrição social, econômica e, porque não, intelectual do alvo é basicamente uma auto-descrição. Marilena Chauí, descreve o grupo a qual ela pertence e por qual ela tem asco. Talvez ela se sentisse melhor abrindo mão do seus salário de professora universitária, mas como ela disse, essa classe não consegue enxergar a contradição em que vive.
Alguns defensores da socióloga podem considerar que classe média foi usado de modo quase que acidental, uma mera apropriação de um termo para chamar a atenção contra seu alvo. Aqueles que são da classe média e não são parte do alvo são as exceções e já estão "salvos". Isso tudo é falso! Classe média é usada como recurso linguístico para diminuir o conjunto de quem não concorda com suas ideias. Ao atribuir o pensamento a classe média, Chauí está se apropriando do que seria a voz coletiva dos menos abastadas como se ela fosse um paladino da verdade, uma legítima representante das massas e o inimigo, as classes mais abastadas fossem o inimigo a impedir sua cruzada. O inimigo mais próximo, seus pares sociais, são jogados logo a frente do trator de justiça movido pelo rancor social. Dessa forma, ela cobre o fato de pessoas mais humildes também poderem discordar de sua verborragia e mais, poderem eles mesmo serem atores reacionários de direita.
Eu realmente acredito que ela saiba disso, e ela utiliza essa linguagem, esse discurso de propósito, de forma desleal e maliciosa. Fora isso, é de uma arrogância sem tamanho acreditar que seu discurso é tão perfeito que o que resta é tosco, vil, asqueroso. É provável que Marilena Chauí tenha um espelho em casa, as pessoas que ainda não sabem.
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