Espere olhando para as horas... são 4 horas. Tem que parar. Nesse tom melancólico, começa a modesta música "better man", uma balada pop composta por Eddie Vedder ainda na adolescência. A música é a ilustração perfeita da ironia. O próprio título é irônico, uma vez que em momento algum na música aparece um better man.
She lies and says she's in love with him, can't find a better man...
Irônico, não!? Para começar, com a personagem central da história, a mulher que aguarda tarde da noite seu esposo... Ela chega a treinar com o espelho o fim do relacionamento. E o que faz? Diz a negação do que queria dizer.
Vedder escreve músicas sobre sentimentos fortes. Sua relação com a mãe foi bastante complicada pelo o que descreve em suas canções. Na trilogia Mommy, Vedder descreve um homem perturbado com o relacionamento materno; a mãe mente para o filho sobre a identidade do pai, revela a verdade para o garoto na puberdade dizendo a ele como se parece com o verdadeiro pai e o leva a uma relação incestuosa. Sua reflexão: "Ainda estou vivo...". No final da trilogia, a mãe morre e o personagem central é condenado à pena capital.
Em better man, Vedder ataca a posição passiva e conformada da mãe, mas de uma forma mais singela. Basta ouvir a música uma única vez para perceber que o tom melancólico do refrão é (outra) ironia. Can't find a better man? A música cresce, continuamente, torna-se viva e cheia de esperança. É claro que ela pode. Desde o princípio sempre pode. E carregado de certeza do contrário, o refrão canta: can't find a better man x2. Can't find a better maaaaaaaaaaan... Ao final da música, o ouvinte se sente energizado e esperançoso, o que é irônico a essas palavras.
Assim, dentro da simplicidade do gênero grunge, o vocalista consegue pintar com a antítese: verdadeiro com falso, esperança com melancolia de forma clara como cristal. O recurso consagrado por imortais da literatura como Oscar Wilde e Machado de Assis fica estampado nos acordes metálicos dessa simples mas vibrante música. Da abertura sombria para o esperançoso final, os vários tons de uma figura de linguagem.
She lies and says she's in love with him, can't find a better man...
Irônico, não!? Para começar, com a personagem central da história, a mulher que aguarda tarde da noite seu esposo... Ela chega a treinar com o espelho o fim do relacionamento. E o que faz? Diz a negação do que queria dizer.
Vedder escreve músicas sobre sentimentos fortes. Sua relação com a mãe foi bastante complicada pelo o que descreve em suas canções. Na trilogia Mommy, Vedder descreve um homem perturbado com o relacionamento materno; a mãe mente para o filho sobre a identidade do pai, revela a verdade para o garoto na puberdade dizendo a ele como se parece com o verdadeiro pai e o leva a uma relação incestuosa. Sua reflexão: "Ainda estou vivo...". No final da trilogia, a mãe morre e o personagem central é condenado à pena capital.
Em better man, Vedder ataca a posição passiva e conformada da mãe, mas de uma forma mais singela. Basta ouvir a música uma única vez para perceber que o tom melancólico do refrão é (outra) ironia. Can't find a better man? A música cresce, continuamente, torna-se viva e cheia de esperança. É claro que ela pode. Desde o princípio sempre pode. E carregado de certeza do contrário, o refrão canta: can't find a better man x2. Can't find a better maaaaaaaaaaan... Ao final da música, o ouvinte se sente energizado e esperançoso, o que é irônico a essas palavras.
Assim, dentro da simplicidade do gênero grunge, o vocalista consegue pintar com a antítese: verdadeiro com falso, esperança com melancolia de forma clara como cristal. O recurso consagrado por imortais da literatura como Oscar Wilde e Machado de Assis fica estampado nos acordes metálicos dessa simples mas vibrante música. Da abertura sombria para o esperançoso final, os vários tons de uma figura de linguagem.
Comentários
Adorei, há tempos procurava por algum pensamento sobre esse som que eu tanto amo, estou tbm aprendendo melhor o inglês, para conseguir colher melhor essas irônias e tal. Obrigada.