28 policiais irão a juri popular pelo massacre ocorrido no antigo presídio Carandiru, quando ocorreu uma invasão policial para reprimir uma rebelião no presídio que culminou com a morte de 111 detentos. Como (ex-)soldado, não penso que o subordinado deva ter alguma responsabilidade sobre o caso. Invadir uma prisão com 7257 detentos não é uma decisão de um praça. E é bem possível que os praças paguem pela decisões de oficiais superiores.
O estado autoritário, como o que ocorre em países do oriente médio ou ditaduras comunistas não permitem a violência como a que convivemos. O povo flerta com esse autoritarismo porque se sente acuado pela bandidagem. E desse canto que bradam as vozes que defendem os policiais justiceiros.
Na máxima: "legum servi sumus ut liberi esse possimus", somos escravos da lei para sermos livres, corremos o risco de perdermos a referência dando ao estado (ou aos agentes do estado) um poder maior do que deveria ter.
É difícil morrer de paixões pelos detentos. Dizer que a situação difícil levou o homem a roubar, matar, estuprar chega a ser jocoso. O problema é ainda maior porque o ladrão de galinha está no meio dos assassinos apenas porque seu advogado não conseguiu comover a justiça que seu lugar não era entre os encarcerados.
Não dá para resumir essa situação toda a poucas frases como "o povo quer fogueira _ Queimem as bruxas", ou "a desigualdade social é a roda motriz da violência". Pela bandeira da "liberdade, igualdade, fraternidade" estabeleceu-se o terror de Robespierre. Sim, as duas frases ditas no começo desse parágrafo parecem mesmo verdadeiras... O problema é: o que faremos com elas.
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