Eu deveria criar um post para cada discussão aqui, mas não encontro tempo para desenvolve-las como elas merecem. Turbilham em minha mente algumas ideias, e discussões inacabadas com amigos que tenho grande apreço ( +Fabricio Leotti e +Júlio Cesar de Melhado e Lima ).
Egoísmo, preservação ecológica, moralidade
A primeira discussão esbarra na questão da "ecologia" (as aspas duplas são muito necessárias aqui). O termo ecologia, gasto como pano de chão num mercado público, é usado como aforismo para defender ideias como: "O planeta é mais importante do que a gente", "experimentos que posam lesar animais, não devem ser tolerados".
Reações extremas levam a contra-reações extremas. A primeira frase ganha críticas como: não é a gente que precisa defender o planeta, e a gente que precisa se defender do planeta. A Terra, o planeta azul que circula o Sol, deve existir por mais tempo que nossa espécie ou qualquer espécie que nela possa residir. É bem possível que nossa arrogante espécie não seja a última sobrevivente das espécies a persistir nesse planeta. Mas essas duas últimas frases me soam como resposta feita com base numa interpretação estreita. Não estamos preocupado com a vida de protozoários, amebas e outros seres estranhos que dominam a biomassa. Nossa empatia visa certas espécies que correm sim riscos de eliminação por intervenção humana (direta ou indireta).
O Fabricio propõe o seguinte exercício (desculpe Fabricio, não vou lembrar ipsis litteris o que você falou mas tentarei, a medida do possível, preservar a ideia central, ou ao menos, a ideia central que entendi): "Mostre que não é por egoísmo a vontade de preservar o 'planeta' ".
Excelente proposição. Não é possível fugir do egoísmo... A auto-preservação é um sentimento egoísta. Preservar espécies semelhantes é egoísmo da parte comum entre nossos genes. Querer um mundo "melhor", querer um mundo menos cinza é egoísmo puro de nossa vaidade. Querer é verbo egoísta: não importa o que os outros queiram. Eu quero, mesmo que eu queira o que os outro querem. Mas, deixo a seguinte observação aqui: por mais que gritem os nossos genes, não é autopreservação (desses genes) a única força que motiva desejo "ecológico" (de preservar borboletinhas azuis, foquinhas brancas, etc)...
Proponho a seguinte questão: Se o universo começasse a esfriar, de tal maneira que todos os seres orgânicos fossem inevitavelmente "mortos", qual futuro o ser humano iria preferir: Um, que computadores inteligentes pudessem viver, e pudessem refletir sobre a existência ou em outro que nem mesmo seres cibernéticos pudessem viver? Parece-me que nos conforta saber que as ideias serão preservadas.
Se fosse possível fazer upload de nossas memórias para um outro "invólucro" (como o conto que minha esposa +Karina Negreiros um dia me descreveu) ou se fosse possível clonar nossa material genético, qual dessas opções de imortalidade iria nos parecer mais interessante? Meus genes podem espernear ou mesmo pular do precipício agora, mas eu ficaria com a primeira opção.
Egoísmo, preservação ecológica, moralidade
A primeira discussão esbarra na questão da "ecologia" (as aspas duplas são muito necessárias aqui). O termo ecologia, gasto como pano de chão num mercado público, é usado como aforismo para defender ideias como: "O planeta é mais importante do que a gente", "experimentos que posam lesar animais, não devem ser tolerados".
Reações extremas levam a contra-reações extremas. A primeira frase ganha críticas como: não é a gente que precisa defender o planeta, e a gente que precisa se defender do planeta. A Terra, o planeta azul que circula o Sol, deve existir por mais tempo que nossa espécie ou qualquer espécie que nela possa residir. É bem possível que nossa arrogante espécie não seja a última sobrevivente das espécies a persistir nesse planeta. Mas essas duas últimas frases me soam como resposta feita com base numa interpretação estreita. Não estamos preocupado com a vida de protozoários, amebas e outros seres estranhos que dominam a biomassa. Nossa empatia visa certas espécies que correm sim riscos de eliminação por intervenção humana (direta ou indireta).
O Fabricio propõe o seguinte exercício (desculpe Fabricio, não vou lembrar ipsis litteris o que você falou mas tentarei, a medida do possível, preservar a ideia central, ou ao menos, a ideia central que entendi): "Mostre que não é por egoísmo a vontade de preservar o 'planeta' ".
Excelente proposição. Não é possível fugir do egoísmo... A auto-preservação é um sentimento egoísta. Preservar espécies semelhantes é egoísmo da parte comum entre nossos genes. Querer um mundo "melhor", querer um mundo menos cinza é egoísmo puro de nossa vaidade. Querer é verbo egoísta: não importa o que os outros queiram. Eu quero, mesmo que eu queira o que os outro querem. Mas, deixo a seguinte observação aqui: por mais que gritem os nossos genes, não é autopreservação (desses genes) a única força que motiva desejo "ecológico" (de preservar borboletinhas azuis, foquinhas brancas, etc)...
Proponho a seguinte questão: Se o universo começasse a esfriar, de tal maneira que todos os seres orgânicos fossem inevitavelmente "mortos", qual futuro o ser humano iria preferir: Um, que computadores inteligentes pudessem viver, e pudessem refletir sobre a existência ou em outro que nem mesmo seres cibernéticos pudessem viver? Parece-me que nos conforta saber que as ideias serão preservadas.
Se fosse possível fazer upload de nossas memórias para um outro "invólucro" (como o conto que minha esposa +Karina Negreiros um dia me descreveu) ou se fosse possível clonar nossa material genético, qual dessas opções de imortalidade iria nos parecer mais interessante? Meus genes podem espernear ou mesmo pular do precipício agora, mas eu ficaria com a primeira opção.
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