As manifestações contra os vinte centavos de aumento despertaram uma vastidão de questões sobre a "eficiência" do nosso sistema de governo. As questões mais gerais foram abordadas: das repercursões, do uso do dinheiro público, etc. Uma das questões originais, defendida pelo MPL (Movimento Passe Livre) é se devemos cobrar tarifas para o transporte público.
Numa primeira análise podemos imaginar que a tarifa zero para o transporte público seja um exagero, uma solução populista ineficiente. Populista porque a população teria a impressão que o sistema teria feito algo a seu favor quando na verdade estaria utilizando dinheiro dos impostos para arcar com os custos. Ineficiente porque ... bem porque o governo é um balde furado (Arthur Okun, Equality and Efficiency: The Big Tradeoff). Levar dinheiro de uma área para outra traz ineficiência.
Mas essa parece ser mesmo uma conclusão equivocada. A começar que teoricamente, os impostos públicos deveriam ser cobrados de forma progressiva sobre o poder aquisitivo da população. Dessa forma, pessoas que estão em melhores condições econômicas pagariam mais desonerando os mais pobres. E isso é só o começo. O sistema viário de transporte é por si uma injustiça gigantesca. São Paulo, a cidade, possui uma malha viária de 17000 quilômetros !!!, custo aproximado de R$ 120 por quilômetro quadrado (sim, eu não sei quantos quilômetros quadrados tem a malha viária). Túneis, viadutos, pontes elevam ainda mais os custos dessa complexa malha (vale lembrar que só o Túnel Ayrton Senna, construída durante administração de Paulo Maluf, custou ao erário 738 milhões de reais).
Vamos revisar isso. Observe a tabela sobre a forma de comutação utilizada pelos habitantes da cidade de São Paulo.
Transporte público: 44,3%
Carro: 23,8%
Moto: 12,6%
A pé: 12,3%
Bicicleta: 7%
44,3% dos paulistanos se espremem no transporte público, que mal utiliza a malha urbana da cidade, e arcam com a construção de suntuosos túneis e pontes. Para que propósito? Para que uma elite rica possa chegar a 23 de maio, sem precisar contornar o parque Ibirapuera?
Finalmente, a cobrança em si gera ineficiência. Devido a ela, precisamos de um complexo sistema de bilhetagem que encarecem ainda mais o sistema de transporte.
Numa primeira análise podemos imaginar que a tarifa zero para o transporte público seja um exagero, uma solução populista ineficiente. Populista porque a população teria a impressão que o sistema teria feito algo a seu favor quando na verdade estaria utilizando dinheiro dos impostos para arcar com os custos. Ineficiente porque ... bem porque o governo é um balde furado (Arthur Okun, Equality and Efficiency: The Big Tradeoff). Levar dinheiro de uma área para outra traz ineficiência.
Mas essa parece ser mesmo uma conclusão equivocada. A começar que teoricamente, os impostos públicos deveriam ser cobrados de forma progressiva sobre o poder aquisitivo da população. Dessa forma, pessoas que estão em melhores condições econômicas pagariam mais desonerando os mais pobres. E isso é só o começo. O sistema viário de transporte é por si uma injustiça gigantesca. São Paulo, a cidade, possui uma malha viária de 17000 quilômetros !!!, custo aproximado de R$ 120 por quilômetro quadrado (sim, eu não sei quantos quilômetros quadrados tem a malha viária). Túneis, viadutos, pontes elevam ainda mais os custos dessa complexa malha (vale lembrar que só o Túnel Ayrton Senna, construída durante administração de Paulo Maluf, custou ao erário 738 milhões de reais).
Vamos revisar isso. Observe a tabela sobre a forma de comutação utilizada pelos habitantes da cidade de São Paulo.
Transporte público: 44,3%
Carro: 23,8%
Moto: 12,6%
A pé: 12,3%
Bicicleta: 7%
44,3% dos paulistanos se espremem no transporte público, que mal utiliza a malha urbana da cidade, e arcam com a construção de suntuosos túneis e pontes. Para que propósito? Para que uma elite rica possa chegar a 23 de maio, sem precisar contornar o parque Ibirapuera?
Finalmente, a cobrança em si gera ineficiência. Devido a ela, precisamos de um complexo sistema de bilhetagem que encarecem ainda mais o sistema de transporte.
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